sábado, 4 de outubro de 2008

Angústia Sartreana

Os últimos acontecimentos da minha vida tem feito de mim um ser em estado de permanente angústia: o não saber o que pode acontecer no próximo minuto, o de tentar sobreviver aos tortuosos caminhos deste imbricado novelo de direções que é a vida. Pensei em Sartre. Acredito como ele, que a angústia é capaz de revelar a nossa autenticidade. Talvez seja ela, por nos mostrar que "A existência do homem é algo temporário que paira entre o seu nascimento e a morte que ele não pode evitar" confirmando que a vida é o espaço que está entre o passado e o futuro. Não sei se vou concluir meus projetos, concretizar as minhas escolhas, ver brotar as sementes que semeei pro futuro. Quero agora me voltar para o hoje, o já, o ..este instante. O problema é que não consigo. Planejar virou algo intrínseco, peculiar. Fico angustiada por estar angustiada. Sou autenticamente eu...
Acho que a coisa que mais me incomoda são as situações que não posso controlar. Se pensarmos que o que a vida mais nos oferece são situações que fogem ao nosso cotrole dá pra imaginar o quanto eu sofro. Não que eu seja alguém metódico não, até ao contrário, o lance é que quando podemos controlar a direção do nosso barco, ainda podemos fazer escolhas. Se eu puder escolher...quero continuar escolhendo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Uma amiga me disse ontem que eu estava muito aérea... segundo ela: sinal de paixão... Bem, na verdade eu estava tentando responder uma pergunta que pra mim ainda não tem resposta... "E se voltar te dou café Preliminar com cafuné Prá deixar teu dia mais gostoso Pode almoçar o que quiser E repetir, te dou colher Faz aquele jeito carinhoso Deixa pintar o entardecer E o sol brincar de se esconder Tarde e chuva eu fico mais fogosa E vá ficando pro jantar Tu vai ver só, pode esperar Que a noite será maravilhosa..."

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O dia 5 de outubro está chegando. Mais uma vez a tão apregoada chance de modificar a nossa política. Posso parecer fatalista demais mas realmente acredito que é muito difícil a política brasileira ganhar uma nova nuance. Ao menos assim, de uma eleição a outra. Eu já falei aqui sobre como nós também nos corrompemos nas pequenas ações. Se pensarmos bem, aqueles que nos governam começaram também como nós. O maior problema da nossa sociedade está na nossa dificuldade de compreender o limite entre o público e o privado. Em entender que o que é do estado não é meu; o que é da empresa não é meu: nem a caneta, nem os papeis, nem os aparelhos de celular.. Pra quem colocou uma caneta no bolso, colocar alguns trocados pode não custar. Assim, acreditar que o voto faz milagre, é como acreditar nas histórias da dona carochinha mas, acreditar que a mudança começa por nós, pelas nossas crianças e pela forma como começamos agora a construir novos cidadãos é dar ao voto a chance de vir a ser realmente um instrumento de escolha poderoso. Por enquanto, o que fazemos é ponderar entre competência e a menor tendência a confusão entre a própria caneta e dos outros..... Uma boa escolha para nós

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Eu esses dias estou fissurada pela música boa sorte que a Vanessa da mata canta com o Ben Harper. Fiquei até com vontade de acabar um namoro só pra cantar ela pra alguém... Acho que faço psicologia pra tentar me encaixar... não no mundo.. em mim mesma... não sei se eu faço muito sentido n... Ao menos uma briguinha eu inventei só pra cantar o refrão: Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me É demais / It's too much É pesado / It's heavy Não há paz / There's no peace Tudo o que quer de mim / All you want from me Irreais / Isn't real Expectativas / That expectations Desleais No fim... ...So many special People in the world.. ;)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Política

Eu vivo cercada por crianças. Em tempos de politicas partidárias, olhar para as crianças nos força a pensar no futuro. Parece meio cliché mas é difícil não relacionar o futuro com essas pessoinhas que ajudamos a formar. O que será de bom que ensinamos para elas? Nós com nossos discursos contra a corrupção e as bolsas cheias de canetas "emprestadas" da empresa. Onde a corrupção começa? De baixo para cima ou de cima para baixo? onde nos encaixamos? Quer pensar no futuro? então tenta responder...

domingo, 28 de setembro de 2008

Preconceitos

Uma vez eu escrevi uma crônica sobre um homem com o guarda-chuvas amarelo. Me chamou a atenção aquela cor... sei lá.. amarelo berrante, um homem... não combinava. Hoje, pensando, percebi que certos preconceitos estão tão arraigados que nem sequer percebemos que estão lá. Como nos construimos como humanos? de onde vem o que somos? quem somos... não sei... mas somos.. E continuamos. Daí vem os nossos filhos, continuamos a transmitir sei lá o que, sei lá como, e sei lá... nem percebemos mais uma vez. Alguém pode dizer ai que é culpa da sociedade... mas, quem é a sociedade? não é o conjunto de "nós"? ainda estou pensando..........

pensando....

Tantas coisas acontecendo ao meu redor...preciso voltar a escrever... expressar com palavras o que penso...há um vulcão em mim... preciso compartilhar....