terça-feira, 4 de novembro de 2008

A menina que acreditava

Ela acreditava em sonhos. Menina ainda talvez. Talvez perseguisse pipas ou borboletas. Talvez acreditasse em príncipes ou fadas, ou ainda que o mundo é um bom lugar para se viver. Achava que as pessoas são o que dizem ser, sem saber que elas não sabem sequer quem são ou se apenas estão. Acreditava em conceitos: bem, mal, esquerda, direita e centro. Um dia descobriu que os conceitos fluem até se misturar e viram novas estampas. Que as pessoas dizem sem sentir, sentem sem dizer e as vezes, na maioria delas, não sabem o que dizem. Que príncipes viram ogros e que se tornam até mais charmosos assim. Que fadas são na verdade o brinde da brisa fresca que acaricia o seu rosto no abrir da janela das manhãs. Que o mundo pode ser um bom lugar para alguns, mas um lugar muito duro para a maioria. E que os sonhos, estes sim, quando se transformam em desejos são capazes de transformar, e de fazer acreditar que ainda é bom perseguir borboletas.

4 comentários:

Anônimo disse...

Fantasiar também é uma arte..

Anônimo disse...

Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar...

Anônimo disse...

Saber amar é uma arte, o que nos falta é a forma mais correta de amar(se é que ela existe)... generosidade!! com ela aprenderiamos a olhar as coisas com a verdade que elas tem, não do que podem nos oferecer, e sem intenção alguma de obter algo em troca, simplesmente amar...generosamente... mesmo quem não nos ama.E até para acreditar em fadas ogros e torres com dragões precisamos ser generosos..pq Deus nos da tdo em que realmente acreditamos...

Anônimo disse...

É meu caro amigo, ou amiga. Ser generoso pode ser a resposta para muitos dos nossos conflitos. Às vezes até mais que isso: ser caridoso no sentido mais fiel da palavra, o de doação. Mas é um execício de extrema dificuldade em um mundo onde o individualismo é a mola mestra. Somos programados para construir um mundo rico em bens de consumos pessoais, e as pessoas acabam por entrar nessa lista. O amor passa a ser uma aquisição e nos tornamos, ou tentamos nos tornar, donos do outro. Acredito que o pensamento tem força, bem como as palavras. não acredito em coicidências, Jung diria que é um jogo de sincronicidade. Por isso continuo perseguindo borboletas.